quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fuga

Dias como este, os dias que eu paro um pouco pra escrever, são os dias que prefiro me desligar do mundo. É nesse momento que, num espaço vazio e silencioso, olhamos para dentro de nós e passamos a começar a nos conhecer, aos poucos, sempre. Dias assim são essenciais, pois a partir daí que entramos no nosso mundo, deixando todos os detalhes externos passarem.
Fico apenas com um ponto fixo em mente, eu, atitude egocêntrica, narcisismo, tudo que envolve a mim. Egoísmo? Não. Apenas um momento de reflexão... Não sei controlar esses invernos em mim, mas consigo fazer o gelo derreter a hora que eu quiser. E quando isso acontece significa que mais uma vez conseguimos encontrar o norte, o significado da nossa luta diária. Complexidades e paradoxos. Há dias que queremos paz, dias que queremos guerra. Dia de sensibilidade, mas há dias que somos tornado. Dias de amor, dias de curtição. Há dias de esconderijo, disfarce, porém há dias de se soltar.
É exatamente essas diferenças diárias que nos fazem ver a vida como ela é, suas diferenças e igualdades. Mas nenhum dia é igual ao que passou, ou ao que ainda virá. Somos como a lua, eternamente inconstantes. Por que, afinal, se a lua fosse constante não poderíamos admirar a beleza das suas diferentes fases.

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